quinta-feira, 5 de julho de 2012

Pessoas.

Engraçado, certas coisas não dá para fugir. A gente pode se esforçar, pode nos afastar, pode evitar, mas no  final  não adianta. A nossa sorte é que existem poucas coisas que não tem escapatória. Uma delas é nossa natureza, não algo do tipo "pau que nasce torto nunca se endireita". É mais como uma premissa que se você lutar contra quem ou o que você é, você sempre perde.
Mais engraçado ainda,ou irônico dependendo da interpretação é que se não lutarmos contra quem somos a nossa maldade nos corrompe por inteiro.
O amor. Sem escapatórias. Estamos selados, lacrados e confinados por nossos próprios corações, ou hipotálamo se preferir. Sentimentos como um todo, mas o amor principalmente. Inevitável, irrefreável.
Mas a melhor parte das coisas que não tem escapatória, ou do retorno de sentimentos, é que junto desses sentimentos voltam também as pessoas.
Se a vida é um livro, certas pessoas não são escritas em grafite, e sim numa tinta permanente, talvez uma tatuagem que fica intrínseca por dentro do nosso peito, na nossa história, na nossa vida. A diferença é que se essas marcas vão ser cicatrizes ou boas lembranças, diferença qual que difere se o passado vai voltar para te assombrar ou para dar-lhe a chance de reconciliação.
Raras as ocasiões em que são concedidas segundas chances no nosso plano terreno, mas nesses raras indubitavelmente são sem opção. Sem escapatória. Chamam alguns de destinos, e esses são chamados de tolos. Outros chamam apenas de merecimento, ou então de dívida, esses são chamados de descrentes. Eu acho apenas de amor, e cabe a você decidir do que me chamar.

Dedicado a Bianca Maria.

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Natureza Humana

Criado a imagem e semelhança
De pai de amor eterno
Disfarçados de gravata e terno
Com grande sede de vingança,
Um desejo de matança
Refreados por hipócritas conceitos
Que escondem os preconceitos
No âmago da sua mente insana,
Sua odiosa natureza humana
Que se revela em seus atos.

Instinto não extinto
Definem o que é o homem
Por que esses nunca somem
Você não é o que sente
Mas sim o que tem em mente
Tudo que tem no íntimo
Mostramos apenas o ínfimo
Não se pode esperar mais
De menos animais
Atitudes de refino.

Podemos esperar o diferente
E somente nos decepcionar
Ou podemos aceitar
Nossa natureza demente
Que não aceita ser servente
Queremos o que queremos
Mas não queremos o que teremos
Por que o  conceito de felicidade
Está longe da realidade
Enquanto aqui vivermos.

E o que dizer?
Sobre tão odioso ser?
Devemos ser ou não ser?
Mas e agora que já somos
Renunciaremos ao que fomos
Ou seremos o que seríamos?
Faremos o que faríamos
Ou faremos o que não fizemos?
Somos grandes ou somos pequenos?
Somos ou nós seriamos?